O Sonho de Wadjda (03/mai/2013)



O Sonho de Wadjda
(Wadjda)
Arábia Saudita/Alemanha, 2012
Direção: Haifaa Al-Mansour
Elenco: Reem Abdullah, Waad Mohammed, Ahd. 
Sinopse: Na Arábia Saudita, uma menina desafia as tradições de seu país. 
Duração: 98 min.





NA IMPRENSA:

Folha de S.Paulo 24/04/2013
por Luisa Pessoa

Primeira diretora a rodar longa de ficção na Arábia Saudita conta desafios que superou
De tempestades de areia ao machismo. Foram diversos os obstáculos que Haifaa Al Mansour, 38, teve de superar para ser a primeira mulher a rodar um longa de ficção na Arábia Saudita.
O resultado da empreitada, "O Sonho de Wadjda", ganha pré-estreia nesta quarta-feira (24) em São Paulo e reflete as mudanças que estão em curso em um país conhecido pelo conservadorismo.
A cineasta viria ao Brasil para participar da sessão, mas, segundo um comunicado da Imovision, responsável pela distribuição de "O Sonho de Wadjda", ela não pôde embarcar "por motivo de força maior". De acordo com a distribuidora, o visto de Haifaa não ficou pronto a tempo e a cineasta foi obrigada a cancelar sua vinda ao país.
A saudita Haifaa Al Mansour, diretora e roteirista de "O Sonho de Wadjda"
Wadjda é uma pré-adolescente que sonha em ter uma bicicleta para poder brincar com o amigo e vizinho Abdullah. O problema, que parece simples, ganha contornos de desafio em um país onde, em 2002, 15 meninas morreram em um incêndio numa escola de Meca após a polícia religiosa tê-las impedido de sair sem o véu do prédio em chamas.
São muitos os controles que rondam as mulheres no país: elas precisam da autorização de um homem para viajar, ter algum trabalho remunerado ou cursar o ensino superior. Dirigir também é proibido, embora a permissão esteja sendo analisada pelo conselho consultivo Shura, que tem o papel de aconselhar o governo a respeito de novas leis.
Dessa maneira, andar de bicicleta não é uma atividade de meninas que prezem por sua honra.
Dos pais, Wadjda não pode esperar o presente. Sua mãe anda preocupada com o fato de o marido estar buscando uma segunda mulher, e o pai nunca está em casa.
É quando é divulgado em sua escola um concurso religioso com prêmio em dinheiro --o suficiente para a compra da bicicleta. Até então alheia e relutante a assuntos religiosos, Wadjda deve enquadrar-se no comportamento esperado de uma garota devota para vencer a disputa.

veja a matéria completa em: http://folha.com/no1267505

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