Meu Pé de Laranja Lima (19/abr/2013)
Meu Pé de Laranja Lima
Brasil, 2012
Direção: Marcos Bernstein
Elenco: João Guilherme de Ávila, José de Abreu, Caco Ciocler, Eduardo Dascar, Khatia Calil e Emiliano Queiroz.
Sinopse: Zezé (João Guilherme de Ávila) tem quase oito anos e vive com sua família pobre no interior. Ele é sensível, ele é precoce, ele é um contador de histórias: ele é um problema! Seu esporte favorito é transformar sua casa e a vizinhança em cenário para suas traquinagens. E elas não são poucas. Seu refúgio preferido é um pé de laranja-lima. É com ele que desabafa as coisas ruins que lhe acontecem, divide sua solidão ou comemora uma boa novidade, como a amizade com Manoel Valadares (José de Abreu), o "portuga". Amizade que fará com que Zezé dê a Manoel um mundo de fantasias e criatividade que ele nunca imaginou possível.
Meu Pé de Laranja Lima é uma história de amor e amizade tão tocante quanto o mais improvável dos encontros. Versão cinematográfica do clássico infanto-juvenil de José Mauro de Vasconcelos.
Duração: 97 min. Classificação: 10 anos.
Facebook: https://www.facebook.com/MeuPeDeLaranjaLimaOFilme
Website: http://meupedelaranjalima.com.br/#home
Comentário:
Raras vezes eu vi um exemplo tão bem acabado de péssimo trabalho de direção. Bernstein pegou um clássico da literatura infantil, muitos recursos técnicos e produziu um desastre. Nada funciona no filme. Sua edição fragmentada, impede qualquer sequência de atingir seu objetivo. A fotografia de Gustavo Hadba é tão linda quanto inadequada, com excessos estilosos que só atrapalham a narrativa. A trilha melosa parece sempre estar no lugar errado. Até a direção de arte caprichadíssima é capaz de colocar um músico vendendo CDs nos anos 1960. A escalação do ator central parece ter obedecido a lógica do marketing, já que o expressivo, mas desarticulado João Guilherme é filho do cantor Leonardo. O elenco é todo prejudicado pelos cortes excessivos do diretor e mesmo atores reconhecidamente talentosos conseguem mais errar do que acertar. No caso do bom José de Abreu, o sotaque português vai e volta, numa clara falta de direção. Enfim, apesar da boa matéria-prima, Bernstein fez dessa laranja-lima um suco de jiló.
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